sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Crise: Consumo privado regista a maior queda dos últimos trinta anos

O programa da troika ainda agora arrancou e os efeitos da austeridade já estão a tomar proporções inéditas. Em Julho, o consumo privado em Portugal recuou 3,4%, a maior queda, pelo menos, desde 1978. 

Segundo os dados de conjuntura divulgados esta manhã pelo Banco de Portugal (BdP), o indicador coincidente do consumo privado sofreu a oitava queda consecutiva. No mês anterior já tinha registado uma das maiores contracções de sempre, caindo 3,1%. Desde que o BdP começou a compilar estes dados (1978), nunca se tinha assistido a uma variação negativa tão drástica.

As várias medidas de austeridade, iniciadas pelo governo de José Sócrates e continuadas por Pedro Passos Coelho, têm reduzido o rendimento disponível das famílias, ao mesmo tempo que é criada a expectativa de ainda maior dureza no curto prazo. 

Em particular, os aumentos dos preços dos transportes públicos, o corte no subsídio de Natal e a antecipação da subida do IVA na electricidade e no gás (antecipando-se mais aumentos até ao final do ano), conjugam-se com os anteriores cortes nos salários e congelamento de prestações sociais. Até ao final do ano, o governo estima que o consumo privado irá cair 4,5%.

Sacrifícios justificados pela exigência da troika de cumprimento das metas do défice que, para este ano, está fixada nos 5,9%. Segundo o INE, no primeiro trimestre o défice estava nos 7,7%.

A actividade económica segue a mesma tendência de queda, com uma queda de 1,6% no mês passado. Neste caso, também já são seis meses consecutivos a cair. Em Junho, o indicador coincidente da actividade económica tinha variado -1,3%.

Fonte: Dinheiro Vivo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Extensor peniano