O ministro das Finanças alemão rejeita os argumentos dos deputados conservadores alemães que defendem a saída da Grécia do euro.
"Qualquer coisa seria melhor do que uma saída [da zona euro]", disse Schaeuble, conforme revelaram à Reuters participantes de uma sessão à porta fechada no Bundestag. O ministro das Finanças alemão falava perante deputados membros do partido conservador de Angela Merkel, o CDU, e o seu congénere da Baviera, a União Social Cristã (CSU), que criticaram hoje a ajuda da União Europeia e do FMI à Grécia.
Schaeuble também deixou críticas ao presidente do instituto alemão Ifo, Hans-Werner Sinn, que sugeriu que a Grécia devia abandonar a zona euro. Em uníssono com Volker Kauder, deputado do CDU, Schauble considerou a ideia desprovida de sentido porque a introdução de uma nova moeda para substituir o euro, mais fraca do que a moeda única, na Grécia, iria aumentar ainda mais a dívida do país em euros.
Na mesma ocasião, o governante alemão frisou que não haveria uma decisão sobre ajustes às ajudas à Grécia antes dos responsáveis da UE e do FMI divulgarem o relatório sobre a implementação do plano de ajuda em marcha. Schaeuble adiantou, contudo, que é possível que exista um prolongamento das maturidades dos empréstimos à Grécia e uma descida dos juros cobrados.
A agência Dow Jones avançou hoje, citando uma fonte do governo grego, que a Grécia deverá receber uma ajuda extra no valor de 60 mil milhões de euros, em Junho. A notícia foi entretanto desmentida pelo porta-voz do governo grego num comentário por e-mail.
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