quarta-feira, 11 de maio de 2011

Manifesto: Economistas apresentam a Cavaco propostas para o País

O Presidente da República recebe quinta-feira um grupo de economistas que lhe vão apresentar um conjunto de propostas alternativas para o país, definidas num "manifesto de convergência nacional em torno do emprego e a coesão social".

"Pedimos esta audiência ao Presidente da República para lhe explicarmos detalhadamente as nossas propostas, que consideramos serem fundamentais para o país", disse à agência Lusa o economista José Reis, diretor da faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, que integrará a delegação que vai ser recebida por Cavaco Silva.

José Reis é uma das personalidades que se juntaram em torno de um manifesto de convergência nacional pelo emprego e a coesão social.

Académicos como Anália Torres, António Hespanha, Boaventura de Sousa Santos, Fernando Catroga, João Ferreira do Amaral e Manuela Silva integram o conjunto de 58 personalidades que subscreveram inicialmente o manifesto.

Os sindicalistas Carvalho da Silva e João Proença, a arquiteta Helena Roseta, o compositor António Pinho Vargas, o ex-ministro socialista João cravinho e o "capitão de Abril" Vasco Lourenço também estão entre os primeiros subscritores do documento em que é feita uma análise socio-económica do país.

O manifesto apresenta um conjunto de propostas para o país e lança um apelo "a um compromisso sob a forma de um programa de salvaguarda da coesão social em Portugal".

"Defendemos que, na atual conjuntura, apesar das dificuldades económicas, há determinados princípios e valores que têm de ser assegurados em qualquer situação", disse à agência Lusa José Reis, um dos impulsionadores do Manifesto.

Segundo o académico "essa espécie de programa mínimo" tem a ver com o emprego, a perspetiva de crescimento económico e os valores que salvaguardam os direitos e as políticas sociais.

"Já muita coisa foi posta em causa, mas estes três princípios são uma espécie de programa mínimo que não pode ser posto em causa", disse.

José Reis considerou que as propostas apresentadas no manifesto são de índole político e dirigem-se a quem negociou com a 'troika' internacional e a quem irá pôr em prática as medidas acordadas no memorando de entendimento.

Defendeu que o plano de financiamento e a redução do défice "não podem abafar a economia".

O economista considerou positivo que o prazo para o ajustamento do défice "não fosse tão violento", assim como não estarem previstos despedimentos ou cortes salariais nominais na função pública.

Mas considerou negativa a perspetiva de "inversão nas relações laborais" e o facto de não haver um plano para o crescimento da economia, mas apenas um plano de ajustamento da economia.

O manifesto propõe, nomeadamente, que seja desencadeado um escrutínio rigoroso da despesa pública, auditando a dívida do país, sobretudo a externa.

O documento afirma que a saúde, educação e segurança social não podem ser privatizadas, assim como os CTT e a Caixa Geral de Depósitos.

Fonte: DN.PT

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